segunda-feira, 14 de abril de 2014

Fernanda Takai!

 

E seu novo CD, “Na Medida do Impossível”

 

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Estou careca (ainda não) de ouvir as pessoas falarem que falta originalidade na fase atual da música verde-amarela. OK, eu concordo. Mas você precisa saber que existem artistas que desafiam o óbvio ululante. Fazer o que gosta, misturar o pop com o alternativo, ser minimalista sem esquecer do que toca no rádio…E melhor: fazer um trabalho fonográfico onde a qualidade priorizada.

É o que temos para hoje. Ainda bem.

Para realizar “Na Medida do Impossível”( que poderia ser rebatizado como “Sonho realizado”),  a artista Amapaense conseguiu combinar sua agenda com a dos escolhidos para gravar o CD/LP/download, produzido por John Ulhoa:  fator essencial para os planos de Fernanda, que explicou o processo em entrevista nos estúdios da Alpha FM: “Sempre sonhei em gravar com pessoas que eu admirava e na “Medida do Impossível” é o resultado dessa espera. Acertar as agendas de todo mundo foi quase impossível, o que deu o titútolo ao disco”.

Doce Companhia

Percussão e vocais low-fi na versão doce e sorridente da canção de Julieta Venegas. Música é realmente uma ótima companhia para a tarde garoenta que está hoje, no momento da audição de “Medida do Impossível”.

Como Dizia o Mestre

Efeitos especiais e mais percussão low-fi combinam os vocais confiantes de Fernanda na música de Benito de Paula – um dos heróis esquecidos da nossa MPB. Fernanda adorou transformar o samba de piano em indie pop.

De Um Jeito ou de Outro

Guitarras na intro, o pop rock ilumina os sulcos do LP alertando para as origens da música: Marcelo Bonfá, o Legionário. Letra de Fernanda, que declarou ter “honra” de fazer parte de algo que remeta à Legião Urbana.
A Pobreza

Fernanda Takai moderniza uma bela música da Jovem Guarda. Intro com gaita, é o toque cowboy do velho oeste à faixa. “Um rapaz pobre não tem coração”…. Tem sim.

Seu Tipo

A aguardada parceria com Pitty cai como uma luva como sequência de “A Pobreza”. A música tem um clima anos 60: “Sou do tipo que ainda ouve discos e sabe a hora de virar o lado B”. Tipo ideal.

Mon Amour, Meu Bem. Ma Femme

Fernanda confessa que sempre tem ouvidos bem abertos para o popular. E “Meu Amor” foi um sucesso do saudoso Reginaldo Rossi, reinventado em parceria com Zélia Duncan.

Quase Desatento

Belos arranjos e melodias sobre versos do poeta piauiense, Cimério Ferreira.

Amar como Jesus Amou

Para deixar os preconceitos do lado de fora de casa. Principalmente para a instrumentação radical misturada com um tema reliogoso, ao lado do Padre Fernando de Melo. Faixa bacana, com electro-funk.

Liz

Delay nos instrumentos (efeito que adoro), em hit do Trio Ternura. Fernanda Takai novamente dando roupa nova ao passado. Bem a seu estilo. Ficou meio Beatles.

Partida

Uma das minhas preferidas. Letra que fala sobre um dos assuntos favoritos de Fernanda: colecionar calendários. Lindo arranjo instrumental.

Pra Curar Essa Dor

Samuel Rosa talvez seja hoje o maior ídolo de Fernanda Takai no cenário músical BR. Isso fica transparente na versão gravada da música de George Michael, “Heal The Pain”.

Depois Que O Sol Brilhar

A letra é de Zélia Duncan e a música do francês Yann Thiersen. Fecha o álbum com o mesmo clima low-fi do início. Destaque para o celo tocado por André Abujamra, um dos maiores artistas brasileiros

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