sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Rolling Stones

Ainda na ressaca da comemoração do cinquentenário da banda, os Rolling Stones atravessam agora o 51º ano de vida em turnê festejada.

Em comparação com seus shows de 1972, as músicas são quase as mesmas –o grupo não fez muita coisa boa de lá para cá–, mas fora do palco as coisas devem ter mudado.

Aos 70 anos, completados na última sexta-feira, Mick Jagger não deve ter mais fôlego para encarar a maratona de sexo, drogas e rock and roll na qual a turnê americana de 1972 estava inserida.

Ele, Keith Richards e Charlie Watts talvez queiram esquecer a fase de devassidão, mas há um fantasma que não permite enterrar essas memórias: o documentário “Cocksucker Blues”, hoje presente em vendas on-line ilegais.

Dirigido por Robert Frank, o filme sobre os bastidores da excursão foi encomendado pela banda e, posteriormente, proibido por ela.

Em 1977, o diretor ganhou na Justiça o direito de fazer uma exibição pública anual da obra, desde que ele próprio esteja presente. Frank, 88, compareceu em novembro ao MoMA (Museu de Arte Moderna) de Nova York, que incluiu o documentário em um festival. Jagger registrou um protesto oficial contra a exibição.

Durante anos, pessoas levavam câmeras para filmar o que aparecia na tela nessas sessões. Versões assim circulavam no Brasil, no início dos anos 1980, com a chegada das fitas VHS. A qualidade de imagem era sofrível e várias vezes era possível ver na parte de baixo da tela as cabecinhas das pessoas na plateia.

Atualmente essas sessões não são tão concorridas. A cada ano, o avanço da pirataria espalha mais cópias de “Cocksucker Blues”. Para fúria de Jagger, versões com mais qualidade circulam na internet em vídeos compartilhados ou na venda de DVDs “físicos”, com capa e ficha técnica.

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